Allan Turnowski, chefe da corporação, deixou o cargo nesta terça-feira (15)
Do
R7 | 15/02/2011 às 16h45 | João Laet / Agência O Dia
Delegado Allan Turnowski (à direita) deixou o cargo nesta terça-feira. A decisão, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio, foi tomada para preservar o bom funcionamento das instituições |
A operação
Guilhotina, desencadeada pela Polícia Federal na última sexta-feira
(11), deu início a uma das maiores crises da história da Polícia
Civil do Rio de Janeiro. Desde então, 38 pessoas foram presas, a maioria
policiais, sendo um o delegado Carlos Oliveira. Com passagens pela Drae
(Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos) e pela subchefia da Civil,
ele era um dos braços direitos de Allan Turnowski, chefe da Polícia Civil até
esta terça-feira (15), quando deixou o cargo.
Em
parceria com a Secretaria de Segurança e o Ministério Público do Rio de
Janeiro, a operação da PF foi realizada para prender policiais militares e
civis suspeitos de repassar informações a traficantes de drogas sobre operações
policiais em troca de propinas e de se apropriar de armas, dinheiro e drogas
obtidos nas ações.
Embora
não esteja sendo alvo de investigações e tenha prestado depoimento à PF na
condição de testemunha, a situação de Turnowski, que já era delicada por causa
da sua proximidade com Carlos Oliveira, ficou insustentável após ele dar início
a uma operação na Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas
Organizadas e Inquéritos Especiais), especializada comandada pelo delegado
Cláudio Ferraz, um dos homens da confiança de José Mariano Beltrame, Secretário
de Segurança.
A Draco está
fechada desde a última segunda-feira (14) sob denúncia de recebimento de
propina para o arquivamento de inquéritos. Após as primeiras investigações,
Turnowski disse que realmente existem provas de irregularidades e
entregou à Corregedoria Interna de Polícia documentos de investigações que,
segundo ele, apontam irregularidades e indícios de corrupção na Draco,
comprometendo o delegado Cláudio Ferraz e um inspetor.
Ferraz,
por sua vez, considerou constrangedora a investigação e disse que
ficou sabendo da operação pela imprensa.
Assista
a vídeos sobre o caso: