Alencar pode deixar UTI nesta quarta-feira, mas não deve ir à posse de Dilma

O médico oncologista Paulo Hoff disse nesta quarta-feira (29) ser "muito improvável" que o vice-presidente da República, José Alencar, compareça à posse da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), no sábado (1º), em Brasília. Ele luta há 13 anos contra um câncer e está internado desde a quarta-feira passada (22).
Embora o estado de saúde de Alencar tenha evoluído desde esta terça-feira (28), quando foi submetido a uma arteriografia para estancar o sangramento de um tumor no intestino delgado, Hoff afirmou que a despressurização do avião que levaria Alencar de São Paulo a Brasília poderia facilitar a ocorrência de novos sangramentos.
- É muito improvável que ele possa viajar. Você quer dar sempre a avaliação até o último minuto, mas tem a questão da despressurização do avião, que não faz bem para essas áreas que estavam sangrando e podem voltar a sangrar.
Segundo Hoff, embora Alencar queira muito participar do evento – ele já disse diversas vezes que gostaria de descer a rampa do Planalto ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, ele entendeu a decisão da equipe médica.
- Ele quer muito, mas nesse momento é impossível prometer. Ele tem consciência de que, neste momento, é impossível prometer. Ele sabe que só vai ser permitido isso se for seguro para ele. Mais importante do que ele estar na posse é ele estar bem. Ele sabe que é muito improvável que ele possa ir.
Hoff afirmou que Alencar pode deixar a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ainda hoje, mas descartou que ele deixe o hospital nesta quarta.
- Há possibilidade real de que ele deixe a UTI. Pode até ser hoje, se ele continuar apresentando melhora.
De acordo com Hoff, o vice-presidente alimenta-se normalmente. Desde ontem, ele não faz transfusão de sangue, afirmou o médico.
- Finalmente, a hemoglobina está estável. Temos de dar tempo porque pode sangrar de novo, mas até agora, não sangrou. Estamos muito satisfeitos. Mas ainda é cedo para comemorar.
Desde a última cirurgia, na semana passada, o vice-presidente não é submetido ao tratamento de quimioterapia, que pode dificultar a cicatrização dos cortes. Segundo Hoff, a expectativa é que ele volte a passar por quimioterapia na próxima semana. A hemodiálise, no entanto, foi mantida.
- O estado de saúde dele é delicado, mas melhor do que ontem. Houve uma pequena melhora, mas nenhuma modificação nos parâmetros hemodinâmicos.

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